Pular para o conteúdo principal

Os poderosos recursos da Palavra e Oração

Missão da Igreja e os poderosos recursos da Palavra e Oração

(Autor: Bispo José Ildo Swartele de Mello)

A Missão da Igreja só pode ser levada a cabo através do poder sobrenatural de Deus. Jesus não chegou para os seus discípulos e lhes deu uma grande missão, dizendo a eles que se virassem. Jesus subiu aos céus, mas não nos deixou órfãos, nos enviou o seu Espírito que confere poder para a Igreja. Disse Jesus: “sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Pelo Espírito temos também acesso a preciosas armas e ferramentas espirituais, tais como a Palavra e a Oração, que nos servem de meios de graça para o viver cristão e o cumprimento de nossa tarefa de ser sal da Terra e luz do Mundo. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas” (2 Co 10:4). O autor de Hebreus num mesmo contexto fala sobre o poder e a eficácia da Palavra de Deus e da Oração: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas. Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna (Hb 4:12-16).

A Palavra de Deus é viva e eficaz, sendo relevante e potente para dar conta dos desafios dos nossos dias. Além de ser poderosa para revelar o mais íntimo do coração e das intenções humanas (Hb 4.12), a Palavra de Deus também é descrita na Bíblia como sendo poderosa e eficaz para produzir fé, que capacita o crente a agradar a Deus e a vencer o mundo (Rm 10:17, Hb 11.6; 1 Jo 5.4); para regeneração e recriação (Tg 1:18); para conversão, não volta vazia, mas prevalece e prospera poderosamente (Is 55.11; At 19.20); para santificação, capacitando o crente e a comunidade dos crentes a viverem a ética da cultura do Reino de Deus, com um estilo de vida que afirma o senhorio de Cristo sobre a totalidade da existência humana, servindo de modelo para o mundo (Jo 15:3; 17:17; Ef 5.26; 1 Tm 4.5); para vencer a tentação (Lc 4.4); para vencer o maligno como parte fundamental da armadura de Deus e das armas espirituais (Ef 6.17), para curar e fazer milagres (Mt 8.8; Lc 5.5), para criar e sustentar todas as coisas (Hb 11.3). Além de tudo isto, a Bíblia nos revela a Deus em Cristo, seu ser, seu caráter, seu propósito, sua missão, sua Igreja, seu Reino... e a própria promessa que Jesus fez aos seus discípulos de estar com eles para sempre, se cumpre através da presença do Espírito e da Palavra. Encontramos na Bíblia, graça, força, direção, modelos, inspiração, esperança e missão, nossa razão de ser e existir, que nos liga a Deus e ao povo de Deus. Na Bíblia, encontramos nossa herança e legado. Deus que operou poderosamente em outros tempos está vivo, seu Espírito está vivo, sua Palavra continua viva e eficaz para atuar em nós e através de nós para consecução dos propósitos divinos em nossa geração.

Ao lado da Palavra, temos também a oração, que é uma poderosa para trazer o Reino e para buscar que a vontade de Deus se faça na terra (Mt 6.10). A oração de dedicação do templo feita por Salomão (1 Rs 8.12-66) revela que Deus é afetado positivamente por nossas orações feitas aqui na terra” (2 Pd 3:5). “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 18:18). A oração tem poder até sobre o clima e os fenômenos naturais: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu” (Tg 5.16b, 17). “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mt 7.7-11). É maravilhoso saber que Jesus nos ajuda a orar melhor. Não oramos sós. Ele intercede por nós (Rm 8.34; Hb 4.16). E o Espírito Santo também intercede de modo tremendo por nós (Rm 8.26, 27). Com tanta graça a nosso favor, temos motivos para estar confiantes a respeito do nosso viver e missão.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A Igreja passa pela Grande Tribulação?

Introdução Os pré-tribulacionistas afirmam que Deus não permitirá que a Igreja sofra no período da Grande Tribulação. Mas, não existe nenhum versículo bíblico que ensine que a Igreja não passará pela Grande Tribulação e nada existe também na Bíblia sobre uma Segunda Vinda de Cristo em duas fases ou etapas, separadas por sete anos de Grande Tribulação, e também não há nada sobre um arrebatamento “secreto”, pois não há nada de secreto e silencioso nos relatos que descrevem o arrebatamento da Igreja ( 1Ts 4.16-17 ; Mt 24.31 ).  Outra incongruência deste ponto de vista é a ideia de um arrebatamento para tirar a Igreja e o Espírito Santo da Terra antes da manifestação do Anticristo. Se este fosse o caso, o Anticristo seria anti o quê?  Anticristos são falsos profetas que já atuavam no mundo nos tempos mais primitivos da Igreja.  Não devemos confundir Anticristo com a Besta ou Bestas Apocalípticas.  Todas as menções ao(s) Anticristo(s) aparecem nas epístolas joaninas e dizem respeito

Os cinco aspectos do chamado de Levi e as características de uma verdade...

1. O Chamado para os pecadores Este texto conta a historia de Jesus chamando o publicano Levi para se tornar seu discípulo. Publicanos tinham a fama de corruptos. Jesus chama os pecadores! (v.32) Ele veio buscar e salvar o perdido. Há salvação para os pecadores. A simpatia de Jesus pelos pecadores era admirável. Era visto constantemente na presença de pecadores. Era criticado por isto. Ilustração: Carmem, da IMel do aeroporto, ficou impactada ao ver um  bêbado entrando gritando no ônibus e causando confusão. O Cobrador falou em alta voz que ele precisava de Jesus. O bêbado respondeu dizendo: "Pra mim não tem mais jeito". O cobrador falou: : "Tem jeito sim, eu era igualzinho a você e Jesus me transformou. Cântico: Só o poder de Deus, pode mudar teu ser, a prova que eu lhe dou, Ele mudou o meu." A conversão de Levi pode ter impactado positivamente a vida do publicano Zaqueu, abrindo portas para sua conversão. 2. O chamado é para o arrependimento Arrependi

Base Bíblia da Oração de Francisco de Assis

Base Bíblia da Oração de Francisco de Assis Por Bispo Ildo Mello Ainda que não seja de sua autoria, esta oração exprime bem o ideal de vida de Francisco de Assis, que inspirou-se no exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo que não veio para ser servido mas para servir. Não trata-se aqui do esforço humano para alcançar a Deus, mas do resultado de uma vida que foi alcançada pela graça de Deus através de Cristo Jesus! Oração de Francisco de Assis Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. (Is 52.7; Mt 5.9) Onde houver ódio, que eu leve o amor; (Mt 5.44; Rm 12.20-21) Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; (Lc 6.29; 23.34; Ef 4.32) Onde houver discórdia, que eu leve a união; (1Co 1.10; Fp 2.14) Onde houver dúvida, que eu leve a fé; (Ts 1.3; Tg 1.6-8) Onde houver erro, que eu leve a verdade; (Jo 8.32; 14.6; Tg 5.19-20) Onde houver desespero, que eu leve a esperança; (Gn 49.18; Sl 31.24; 33.20; Rm 15.13; 1Ts 1.3; Fp 1.20) Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; (At 1