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Identidade Metodista Livre



Mensagem do Bispo Ildo ao Concílio Noroeste em 19 de Novembro de 2010

Estas são as características distintas do movimento metodista:

Todos precisam ser salvos;
Todos podem ser salvos;
Todos podem saber que são salvos;
Todos podem ser salvos completamente.

Como Wesleyanos cremos que...

1. Todos precisam ser salvos

Porque “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23)

Porque “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23)

Porque não somos capazes de salvar-nos a nós mesmos (Ef 2.1-9)

Porque “ninguém será justificado diante de Deus pelas obras da lei” (Rm 3:20)

Porque não podemos subsistir diante de Deus baseados em nossa própria justiça (Rm 3.10-12)

Porque o próprio profeta Isaías diante da majestade de Deus, clamou por misericórdia, dizendo: “Ai de mim que vou perecendo” (Is 6.5).

Porque “pela graça sois salvos, mediante a fé” (Ef 2.8).

Porque Jesus é o único caminho de salvação para Deus (Jo 14.6)

"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho ao seu tempo" (1Tm 2:5-6)

Porque “não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens, pelo qual tenhamos de ser salvos." (At 4:12).


2. Todos podem ser salvos

Porque "Deus não faz acepção de pessoas” (Rm 2:11).

Porque Jesus “é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2:2).

Porque "Cristo morreu pelos nossos pecados" (1 Co 15:3) e a eficácia do Seu sangue é poderosa para salvar todos os homens”(1Jo 2.2), mas só eficiente para lavar os que n'Ele crêem. "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo" (At 16:31).

“Porque: “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12).

Porque: “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13).

Porque Jesus disse as multidões: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me" (Mc 8:34).

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).

“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tt 2.11-12).

Porque Deus não tem prazer na morte do ímpio, pois seu desejo é que se converta e viva (Ez 18.23).

Porque Deus “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.4),

Porque Deus “não quer que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se” (2Pe 3.9)


3. Todos podem saber que são salvos

Porque “o próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” (Rm 8:16)

Porque “Nisto conhecemos que estamos nele, e ele, em nós: em que nos deu o seu Espírito” (1Jo 4.13)

Porque “foram selados com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus” (Ef 1.13-14).

Porque o “Espírito nos convence do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8).

Porque pelo Espírito, o coração do crente é compungido por aquela convicção de pecado e por “aquela tristeza que é segundo Deus e que nos leva ao arrependimento” (2Co 7.10), a semelhança do que aconteceu àquela multidão de convertidos diante do Sermão de Pedro em Pentecostes, conforme registrado em At 2.37: “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?”

Porque recebemos o Espírito de adoção pelo qual clamamos de coração: Aba Pai (Rm 8.15), bem como, pelo mesmo Espírito somos capazes de confessar que Jesus é o Senhor (1Co 12.3). Tais convicções são produtos da revelação do Espírito Santo, porque o Espírito testifica de Cristo (Jo 15.26), conforme observa-se também na famosa declaração de Jesus a Pedro: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus” (Mt 16.17).

Porque “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8.14)

Porque "sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos nossos irmãos" (1Jo 3,14).

Porque Jesus disse: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama” (Jo 14:21).

“Porque o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5.5).

Porque “pelos seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7.16-20). De modo que crentes sem frutos não encontram base para segurança da sua salvação (Jo 15.2; Gl 5.19-23; Hb 6.4-8; 10.23-31; Ap 3.5 e 16; Ex 32.33).

Porque desfrutamos da “paz de Deus que excede a todo entendimento e que guarda as nossas mentes e os nossos corações em Jesus” (Fp 4.7).

Porque sabemos o que significa ser consolados pelo Espírito de Deus (Jo 14.16; At 9.31; 2Co 1.2-7).

Porque experimentamos uma alegria que o mundo não pode nos tirar (Jo 16.22). Porque a alegria do Senhor é a nossa força (Ne 8.10). “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.17-18).

Porque “o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22).

“Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora. Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1.8-11).


4. Todos podem ser salvos completamente

"Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo" (Rm 5.17).

"Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos" (Rm 5.19).

Porque Jesus não apenas perdoa pecados, mas também transforma vidas (Rm 5.8).

Porque Jesus não apenas justifica, mas também regenera (2Co 5.17; Tt 3.5-6).

Porque Jesus não apenas disse a mulher pega em adultério: “eu não te condeno”, mas também lhe disse: “vai e não peques mais” (Jo 8.10.11)!

Porque Jesus não apenas nos declara santos, mas também nos torna santos (Jo 15.3, Tt 3.5).

Porque Jesus não apenas nos livra da condenação do pecado, mas também nos livra do domínio do pecado (Rm 6.14).

Porque Jesus não apenas é Salvador, mas também é Senhor (Rm 10.9; Fl 2.10-11; 1Tm 6.15; Tg 4.7).

Porque não apenas nos convida a crer, mas também nos conclama ao arrependimento (Mt 3.8; 4.17; Mc 1.15; Lc 13.3).

Porque não basta apenas crer, é necessário obedecer (Ef 5.6; 6.6; 1Jo 3.6, 24).

Porque não basta ser crente, é necessário ser discípulo (Mc 8.34; Lc 9.23; Mt 28.19).

Porque não basta receber o amor, é necessário amar (1Jo 3.16, 23; Ef 3.14-21).

Porque não basta apenas receber o perdão, é necessário perdoar (Mt 6.14-15; 18.23-34).

Porque “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus” (I Jo 3.9).

Porque “Já estou crucificado com Cristo; eu não vivo mais, mas Cristo é que vive em mim” (Gl 2.20).

Porque "quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo." (1Jo 3.8).

Porque fomos ensinados a orar para que a vontade de Deus se faça na Terra assim como ela é feita no céu (Mt 6.11).

Porque devemos buscar primeiramente o Reino Deus e a sua Justiça (Mt 6.33).

Porque Deus "nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Cl 1:13).

Porque “somos transformados em sua imagem com maior glória de sempre, que vem do Senhor, que é o Espírito” (2Co 3.18).

Porque não devemos nos conformar com este mundo, mas devemos renovar a nossa mente para experimentarmos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.1-2).

"Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação" (1Ts 4.3).

“Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação” (1Ts 4.7).

Porque "sem santificação ninguém verá o Senhor" (Hb 12.13).

Porque bem-aventurado são os limpos de coração, pois estes é que verão a Deus (Mt 5.8).

Porque devemos desenvolver a nossa salvação com temor e tremor (Fp 2.13; 2Co 7.1; Ef 4.1).

Porque devemos ser aperfeiçoados “até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.12-16).

Porque devemos nos “despir do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano” e nos “revestir do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.22-24).

Porque “Deus nos concedeu todas as condições necessárias para a vida e a piedade” (2Pe 1.3); para vivermos como filhos de Deus, e para “escaparmos da corrupção deste mundo” (2 Pe 1.4).

Porque Jesus não apenas nos exorta a sermos santos (Mt 5.48), mas também nos capacita, concedendo-nos:

o dom do Espírito (At 1.8)
um novo coração (Ez 36.26),
a mente de Cristo (1Co 2.16)
o amor de Deus (Rm 5.5)
participar da natureza divina (2Pe 1.4)
e toda a armadura de Deus (Ef 6.10-13; 2 Co 10.4)



Além destas características distintas, ressaltamos também:

A importância de valorizar o conhecimento intelectual e a piedade; possuir uma mente sagaz e um coração de anjo;
A importância da liderança compartilhada (leiga e clériga) na vida e missão da igreja;
A importância do comprometimento pessoal e da responsabilidade social; pois entendemos que o propósito da conversão cristã não é somente para tornar a alma de alguém pronta para o céu, mas também provar o primeiro fruto do céu através de uma vida de justiça, amor e misericórdia neste mundo;
A importância de cantar hinos de louvor e ensinar a verdade cristã;
A importância da pregação, do testemunho e da celebração dos sacramentos: A Ceia do Senhor e o Batismo;
A importância de expressar gratidão pela graça de Deus, prestando serviço amoroso;
A importância do desenvolvimento de congregações em grupos menores para instrução, cuidado pastoral e adoração;
A importância do ardor e da ordem no que diz respeito à fé e prática;
A importância de um sistema de interligação entre as congregações locais com os concílios regionais, Igreja Nacional e toda a comunidade mundial.


Bispo José Ildo Swartele de Mello
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Leia também texto sobre o que significa ser wesleyano:
metodistalivre.org.br/​Artigos/​artigos.info.asp?tp=174&sg=0&form_search=&pg=1&id=613

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