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Contradições Dispensacionalistas

Os dispensacionalistas gostam de dizer que interpretam a Bíblia de maneira literal, mas, contraditoriamente, quando Jesus disse que os redimidos ressuscitarão no "último dia” (João 6.40), eles afirmam que Jesus quis dizer mil e sete anos antes do último dia. Porque o dispensacionalismo ensina que a ressurreição dos que morreram em Cristo acontecerá antes do Início da Grande Tribulação que, segundo eles, durará 7 anos. Ainda segundo este ponto de vista, haveria um segundo momento de ressurreição de pessoas que se converteram e morreram durante o período da Grande Tribulação, ressurreição esta que se daria por ocasião da Segunda-Vinda de Cristo. Mas este ainda não seria o último dia, visto que eles ensinam que depois disto ainda haveria um período de mil anos de história sobre a face da terra. Por isto é que os dispensacionalistas precisam interpretar último dia de maneira bem figurada. Para eles existem múltiplos "ultimo dia".
E quando Jesus disse que chegará "a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (João 5:28,29), eles negam o sentido normal do texto e afirmam que ele quis dizer que por "a hora" Jesus teria intencionado dizer pelo menos tres horas distintas separadas por sete anos e mais outros mil anos, e que, quando Jesus diz que naquela hora todos ressuscitarão, eles dizem que “todos" não significam todos, mas uns agora e outros depois e outros mais tarde ainda. 
No episódio em que Jesus diz que o sumo-sacerdote e seus comparsas ali presentes o veriam vindo sobre as nuvens do céu (Mateus 26:63-64), os dispensacionalistas afirmam que Jesus não quis dizer bem isto, pois segundo a sua cronologia escatológica, os perdidos não ressuscitarão na Segunda-Vinda, mas apenas mil anos mais tarde. O resultado disto é que eles são forçados a apelar para a alegorização, dizendo que o sumo-sacerdote não ressuscitará para contemplar a vinda do Senhor, pois que ele ali representa a comunidade judaica. Jesus apenas estaria querendo dizer que haverá judeus vivos por ocasião da Segunda-vinda. 
E também que, quando Apocalipse 1.7 ensina que "todos, até os que o traspassaram", verão Jesus regressando sobre as nuvens dos céus, ensinam eles que o termo "todos" não deve ser interpretado literalmente como "todos" e que de maneira alguma os que o traspassaram na cruz ressuscitarão para ver a Segunda-vinda de Cristo, pois ensinam que apenas os salvos ressuscitarão na Parusia. 
Eles também recusam-se em concordar com a afirmação de Jesus de que a ressurreição dos salvos ninivitas se dará no dia do juízo final juntamente com a geração de judeus que rejeitou o testemunho de Cristo (Mateus 12.41), simplesmente porque isto contraria seus pressupostos pré-milenistas. 
Dá pra entender?

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