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Os Reis Magos (Mt 2.1-12)


O Natal começou sendo boa notícia para Maria, depois para José, para os pastores, para Ana e Simeão, para os pobres, para o povo de Israel e, agora, para os Reis Magos, os primeiros gentios alcançados pela mensagem do Natal e que vieram de longe para adorar a Jesus.

A semelhança do que fizera a Rainha de Sabá nos dias do Rei Salomão, estes sábios reis também vieram de longe, pagando um alto preço em termos de tempo e recursos financeiros, revelando possuirem grande convicção de fé de que a estrela os guiava a presença do grande Rei! “A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com os homens desta geração e os condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão.” (Lc 11.31).

Eles trouxeram presentes especiais dignos de alguém que é, ao mesmo tempo, Rei, divino e humano. Os reis tributaram honra e glória ao Rei dos reis. Observe o caráter místico e profético destes fabulosos presentes:
1. O ouro lhe foi concedido como tributo a sua realeza, reconhecendo-o como o Messias prometido, o Leão da Tribo de Judá
2. O incenso lhe foi ofertado em reconhecimento de sua divindade.
3. E a mirra, comumente utilizada no embalsamento de corpos, foi-lhe oferecida em reconhecimento de sua humanidade. Eis ali o Verbo que se fez carne para tornar-se o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Os magos representam os gentios. Devido aos três presentes, possivelmente eram também três os reis magos, representando, assim, todos os povos descendentes de Sem, Cão e Jafé, ou seja, as raças branca, negra e amarela, a humanidade como um todo. Algo profético do Reino de Cristo que alcançará todos os povos da terra. “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação. Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!” (Ap 7.9–12).

Os magos representavam outras religiões e crenças, que de alguma maneira são alcançados pela luz divina manifesta no explendor especial de uma estrela e também pela revelação das Sagradas Escrituras que acendeu neles aquela centelha de fé que os guiará à terra prometida para se renderem e prestarem culto ao único e verdadeiro Deus.

Eles representam também os cientistas e os sábios de seu tempo que também devem reconhecer que em Jesus Cristo reside o saber mais completo, puro e verdadeiro. “… e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.” (Cl 2.2–3).

A atitude dos Reis Magos aponta para o propósito eterno de Deus, que Paulo resume nos seguintes termos: “desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra” (Ef 1.9–10). “Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus. (Rm 14.11).

Naquela humilde estrebaria, reconheceram que o menino era o Messias! Na manjedoura eles enxergaram um homem, mas reconheceram a Deus! Como eles, adoremos a Jesus como Rei, como Filho de Deus e como o Verbo que se fez carne para morrer em nosso lugar a fim de nos conceder o perdão dos pecados e a vida eterna.

Um feliz Natal!

Ildo Mello

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